segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Pedalboard 2013 – Marcos “Lelo” Craveiro

 

Desde que comecei este blog anos atrás, muita coisa mudou na aparelhagem. Adequando meu set up para aproximar ainda mais meu timbre ao que considero ideal, substituí alguns e eliminei outros. Também acrescentei coisas que se mostraram mais eficazes do que os anteriores, e por fim, alguns foram apenas substituídos por algo que já era sonho antigo. Além de tudo isso, houve uma pequena alteração na ordem dos pedais.

Nessa “dança dos pedais”, saíram do antigo pedalboard:

o overdrive ZW-44 MXR (que era usado como boost) ,

 

 

 

 

 

 

o distortion RAT 2 da PROCO,

 

 

o ODM-3 da Newell,

 

 

o versátil flanger da Boss BF-3,

 

 

e o compressor Marshall ED-1.

 

Para ocupar estes postos entraram:

o distortion “Wampler Plextortion”,

o fuzz Voodoo Lab Superfuzz,

um novo flanger (antigo sonho), o MXR Flanger EVH

e um afinador Korg Pitchblack.

 

► Explicando as mudanças:

Na sessão de distorção do board, eu resolvi substituir o RAT 2, que é um pedal muito bacana, porém,  na prática, se mostrou um tanto limitado pela característica mais conhecida dessa unidade: ele achata de tal forma o som que isso compromete os graves. Gostava do timbre dele, mas isso sempre me incomodou. Somado a isso,  havia também um pouco mais de rispidez do que meu gosto pessoal admitia no som final, e essa característica só era diluída se eu usasse uma boa dose de delay, coisa que normalmente não faço em solos e bases (prefiro um som mais cru, mais próximo de como era feito nos 70’s). Aliado a isso, sua equalização não me deixava opções, já que seu único knob de “filter” apenas abafava em demasia o resultado. Eu acho que ainda assim ele teria algumas utilizações, mas era de uso reduzido demais pro meu repertório.

Precisando de algo mais versátil que me entregasse mais ganho sem perder peso, optei pelo Wampler Plextortion.

Essa unidade, por enquanto, vem se mostrando muito melhor em todos esses quesitos. Sua equalização é a melhor que já ouvi em um pedal (a wampler é sensacional nisso). Tem mais opções, pois conta com treble, middle and bass, além de uma chave que alterna do modo “vintage” pra “modern”, sendo o modo vintage mais abafado mas sem prejudicar o resultado.

Por conta de todas estas características, me desfiz também do pedal da Newell ODM-3 que tinha a função de timbrar aquilo que o RAT não fazia: uma distorção com mais “gordura”, menos ríspida, característica essa que o Wampler Plextortion faz com um pé nas costas (sendo este último centenas de vezes melhor), então ambos caíram fora pra deixar apenas o Plextortion em seus lugares.

O ZW-44 Zakk Wylde overdrive era meu segundo booster. Cumpria a função de empurrar o drive do amp sem carregar nos médios, com o plus de não roubar os graves assim como o TS-9 o faz.

O TS-9 é bem eficaz nessa função de fazer os médios saltarem dando esse sabor anos 70 pro timbre, e quando empurra o drive do amp valvulado, ele se destaca no mix da banda, porém, algumas vezes sentia falta de peso dependendo do tema que estava executando. O ZW-44 conduzia até que mui bem esta função de boost com mais peso, mas eu sempre achei esta unidade muito ruidosa, certamente um problema de projeto, já que tive anteriormente um clone que fazia os mesmos ruídos.

Com a entrada do Plextortion,  passei também a usá-lo para cobrir esta função do ZW-44 no set, bastando acertar seu ganho e equalização para tanto, onde ele deixa de cumprir a função de distortion no canal clean do amp e passa agora a empurrar o canal drive do amp. Ainda estou em fase de testes dessa forma de uso, mas ele já se mostrou bem mais eficaz e orgânico, sem falar que é extremamente silencioso.

O compressor Marshall saiu do board para entrar um pedal que ainda não possuo, que é um clean boost no meio da cadeia, provavelmente um Xotic RC Booster. Não me adaptei ao uso do compressor no fim das contas. Ele é útil sim, e tem muitos usos, mas aqui o que vale é o resultado pro meu som, e pra isso, a pouca utilidade somada à minha grande inépcia ao empregá-lo a serviço das minhas necessidades me fizeram desistir da ideia de mantê-lo ali. Hoje seu lugar no board é ocupado por algo mais útil, um afinador Korg Pitchblack, pois uma vez que passei a usar mais uma Les Paul sem micro afinação, (coisa que minha Heartfield da Fender possui), precisei corrigir mais a afinação ao vivo.

O flanger BF-3 Boss saiu do set por um único motivo: meu fetiche por um MXR Flanger. A coisa aqui é somente pela procura do timbre exato, algo totalmente pessoal. O Boss não me deixou na mão no que era necessário, e até tem muito mais funções que o MXR, mas aconteceu uma daquelas oportunidades imperdíveis de um parente me trazer dos EUA uma unidade dessas, então seu preço virou totalmente pagável, ao contrário aqui do Brasil onde ele normalmente custa algo irreal e impraticável. O MXR FLANGER EVH tem como vantagem em relação ao Boss o peso no timbre e uma facilidade de setagem que sempre o deixa orgânico. O Boss tem menos peso e requer mais prática do guitarrista em achar o ponto exato do que você procura. Mas de contra, é só. A versatilidade do Boss era invejável, além do que, ele possuia tap tempo, era estéreo, tinha gate/pan e simulava bem outros efeitos como um rotary speaker, então, no fim das contas, o som que estava “colado” nos meus ouvidos do “timbre exato” do MXR foi seu fator crucial pra trocar o boss no meu set up.

Por fim, consegui adquirir um pedal que é hoje extremamente usado no repertório que toco por aí: um Fuzz ! e o escolhido foi o Voodoo Lab Superfuzz.

Ele entrou não para substituir outro pedal, mas para aumentar a variedade de timbragens da parte dos drives. Muita coisa que toco é dos anos 60 e 70, época que o fuzz era base de boa parte do que foi gravado no rock. O problema é que eu queria um fuzz que não fosse “sujo” demais, indefinido demais. Como é um tipo de efeito que varia muito de acordo com a guitarra/captação e amp, resolvi tentar este fuzz da voodoo lab que pelo que eu ouvia, tinha uma “cara” de overdrive setentista, mas que não deixava de soar como um bom fuzz de acordo com a regulagem, porém, sempre com uma boa dose de definição. Não afirmo que ele é o fuzz “definitivo” no meu set, mas gosto bastante de seu timbre. Ele também pode ser usado como boost em determinadas situações, oferecendo uma opção a mais de sonoridade, além do que, uma vez sendo boostado, ele possui um bonito sustain, típico de bons pedais de fuzz. Não é um fuzz de germânio, é de silício, e acho que só notei um “contra”, que é uma boa dose de ruído, coisa que não sei se é normal em todo e qualquer fuzz.

Após a entrada e saída de todos estes pedais, mexi também na ORDEM DOS PEDAIS. No meu antigo set, o TS-9 era meu último pedal da cadeia, pois só boostava o amp. Hoje ele é o primeiro da cadeia de drives, pois ele atua também como boost do fuzz em algumas situações.

Bem, após tudo isso, meu atual set tem a seguinte ordem:

Guitarra Vox Wah - Korg Pitchblack Tuner - MXR Phase 90 (block Logo w/ R28 mod ) - MXR EVH Flanger - Boss DD-3 Delay - Ibanez TS-9 - Wampler Plextortion - VoodooLab Superfuzz  Input Amp

completa o set um Baby Booster "Hobbertt" (clean boost plugado no loop do amp)  e o Power Supply - 1A by "Big Effects" .

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Meu set saiu publicado na página de pedalboards dos leitores da Premier Guitar.

Primeirão de 2013 !  Smiley piscando

 

Abraços!

Marcos “Lelo” Craveiro

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